Hemograma: tudo o que você precisa saber o exame

27/01/2022 Karoline Mayara Pellin
Hemograma: tudo o que você precisa saber o exame
27/01/2022 Karoline Mayara Pellin

Também conhecido como hemograma completo, o hemograma é o tipo de exame que analisa todas as informações relacionadas aos componentes do sangue: glóbulos vermelhos (hemácias), leucócitos e plaquetas (coagulação sanguínea).

Para entender para que serve o exame, como é feito, e demais orientações, acompanhe o texto.

O que o hemograma completo avalia?

Como citamos anteriormente, o hemograma avalia todos os componentes de sangue. Que tal conhecer um pouco mais sobre cada um deles?

  • Glóbulos vermelhos (hemácias)

São células que contém hemoglobina e transportam oxigênio para o corpo.

  • Glóbulos brancos (leucócitos)

Também conhecidos como células brancas do sangue, os leucócitos agem na defesa do organismo, protegendo contra alergias e infecções.

  • Plaquetas

As plaquetas estão ligadas ao processo de cicatrização de feridas e na reparação dos vasos sanguíneos.

Além de avaliar a quantidade desses componentes no nosso organismo, o hemograma também avalia:

  • quanto espaço as células vermelhas ocupam no sangue;
  • a quantidade de hemoglobina;
  • informações relacionadas ao tamanho e ao formato das células vermelhas e plaquetas.

Quais doenças e problemas o hemograma detecta?

O hemograma pode auxiliar no diagnóstico de diversas doenças, tais como:

  • Anemia;
  • Condições que afetam a medula óssea;
  • Leucemia;
  • Infecções;
  • Inflamações;
  • Problemas no sistema imunológico;
  • Neoplasias sanguíneas;
  • Alterações nas plaquetas.

Quando o hemograma é recomendado?

Há alguns sintomas e circunstâncias nas quais o médico pode orientar a realizar o hemograma. São elas:

  • Cansaço;
  • Fraqueza;
  • Suspeita de infecção;
  • Sangramento maior que o normal em algumas regiões do corpo (urina, fezes, fluxo menstrual, nariz ou gengivas).

Como o exame de hemograma é feito?

O exame de hemograma consiste em uma coleta simples de uma amostra de sangue, o qual logo em seguida é encaminhado para a análise do laboratório.

O tempo de duração é curto, levando em média de 05 a 15 minutos. 

Saiba mais sobre os diferentes segmentos do exame.

  • Eritrograma

Essa é a parte do hemograma que avalia os eritrócitos, mais conhecidos como hemácias. Durante essa análise, informações como formato, cor, tamanho e quantidade de hemoglobina em cada eritrócito são identificadas.

  • Leucograma

Essa é a análise do hemograma que avalia os leucócitos, auxiliando assim, no diagnóstico de infecções virais, bacterianas, parasitárias e até mesmo leucemias ou linfomas.

  • Plaquetograma

O plaquetograma mede a dosagem das plaquetas. Quando algum tecido do vaso sanguíneo é lesado, as plaquetas são encaminhadas ao local da lesão, se agrupando e estancando o sangramento. A dosagem de plaquetas é fundamental principalmente antes de cirurgias e também na análise de quadros de sangramento sem causa definida.

Como se preparar para o exame?

Antes do exame de hemograma, deve-se evitar ingerir bebidas alcoólicas e praticar exercícios físicos intensos. Além disso, há alguns laboratórios recomendam que seja feito jejum de pelo menos 3 horas antes do exame e outros que não exigem o jejum.

Pode ser também que o médico oriente a interromper o uso de medicamentos que possam interferir nos resultados dos exames.

Como os resultados do exame são interpretados?

Os primeiros e atuais valores do hemograma foram estabelecidos no ano de 1960. Segundo o Manual de Saúde, valores considerados normais são aqueles que ocorrem em 95% da população sadia. 5% das pessoas que não apresentam problemas médicos, podem ter valores de referência do hemograma fora da faixa.

No entanto, alterações pequenas não significam necessariamente uma doença. Porém, quanto mais afastado o resultado se encontre do valor de referência, maiores as chances disso representar uma patologia. 

Veja abaixo algumas situações que auxiliam a entender os resultados dos exames:

  • Anemia – Número baixo ou insuficiente de hemácias;
  • Neutropenia – Baixo número de neutrófilos;
  • Leucopenia – Baixo número de leucócitos;
  • Leucocitose – Alto número de leucócitos;
  • Trombocitose – Alto número de plaquetas;
  • Trombocitopenia – Baixo número de plaquetas.

Vale reforçar que o resultado do exame deve sempre ser analisado por um médico especialista para que assim possa indicar o diagnóstico e tratamento mais adequado conforme os resultados do hemograma.

O hemograma deve ser sempre orientado por um médico especialista. Até aqui você acompanhou sobre como funciona o exame e pôde entender melhor em quais situações ele costuma ser feito e em quais diagnósticos ele auxilia. 

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Karoline Mayara Pellin

Responsável pelo Setor de Imunologia/Hormônios


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Responsável técnico: Dr. Guilherme Reverey do Prado CRF-SC 2114

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