O exame de glicemia em jejum é fundamental para diagnosticar e monitorar condições relacionadas aos níveis de açúcar no sangue, como diabetes, hipoglicemia e hiperglicemia.

Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), existem mais de 13 milhões de brasileiros que possuem diabetes atualmente. Desse modo, se torna ainda mais relevante para garantir um controle adequado da saúde.

Neste artigo, vamos abordar para que serve esse exame, como ele é feito, em quais situações ele é recomendado e muito mais. Boa leitura!

O que é e para que serve o exame de glicemia em jejum?

Também conhecido como teste da glicose, o exame tem como objetivo medir os níveis de açúcar no sangue. É amplamente utilizado para diagnosticar doenças como a hipoglicemia, hiperglicemia e o diabetes.

Além disso, o exame de glicemia em jejum é utilizado para avaliar o controle glicêmico em pessoas com diabetes, ajudando a determinar a eficácia do tratamento e a necessidade de ajuste na medicação ou dieta.

Como é feito o exame de glicemia em jejum?

O exame é realizado em laboratório através da coleta de sangue venoso ou a partir de um pequena perfuração em um dos dedos do paciente. 

Ambos métodos são simples e rápidos, levando cerca de 5 a 10 minutos para serem concluídos.

Após a coleta da amostra de sangue, ela é enviada para a análise. A taxa de glicose no sangue é calculada de acordo com o valores de referência por idade. Geralmente, os resultados costumam ficar prontos em até 24 horas.

Uma vez que os resultados estejam disponíveis, um profissional de saúde irá interpretá-los com base nas faixas de referência estabelecidas. 

Valores normais de glicemia em jejum costumam estar abaixo de 100 mg/dL. Níveis superiores a esse valor podem indicar um distúrbio relacionado à glicose, como diabetes ou pré-diabetes.

Veja também – Exames laboratoriais de rotina: saiba quais são os principais exames solicitados no check-up médico

Como se preparar para o exame?

A preparação para o exame de glicemia em jejum é relativamente simples.

É essencial que o paciente esteja em jejum por um período de 8 a 12 horas antes do exame, sem consumir alimentos ou bebidas, exceto água em pequenas quantidades.

Além disso, é importante manter a dieta habitual na semana que antecede o exame, a menos que o médico dê instruções específicas para alterá-la.

No caso de crianças com até 3 anos, o jejum geralmente é menor, em torno de 3 horas.

Se o paciente estiver em tratamento para diabetes e fizer uso de insulina, o exame deve ser realizado antes da dose de insulina, sem a necessidade de estar em jejum.

Seguir corretamente essas orientações ajudará a garantir resultados precisos do exame de glicemia em jejum. Em caso de dúvidas sobre a preparação, é recomendável entrar em contato com o laboratório para obter informações adicionais.

Qual a importância de estar em jejum?

Estar em jejum antes de realizar o exame é importante para garantir resultados precisos e evitar diagnósticos equivocados.

O jejum de 8 a 12 horas permite medir os níveis de substâncias, como a glicose, sem interferências causadas pela ingestão de alimentos.

O que pode alterar o exame de glicemia em jejum?

Existem alguns fatores que podem alterar os resultados do exame, como a ingestão de álcool, exercícios físicos de alta intensidade, fast foods e cafeína nos três dias anteriores à coleta.

Além disso, alguns medicamentos e estresse físico ou emocional também podem afetar os níveis de glicose no sangue. 

Existem contraindicações ou complicações?

O exame de glicemia em jejum não possui contraindicações e é considerado seguro para a maioria das pessoas. Apresenta baixo ou nenhum risco de complicações e efeitos colaterais.

Após a coleta,é possível que alguns pacientes experimentem um leve desconforto, como dor, inchaço ou um pequeno hematoma no local da punção. No entanto, esses sintomas geralmente desaparecem em um dia e não costumam causar maiores problemas.

Quando realizar o exame?

O exame de glicemia em jejum é recomendado em várias situações e desempenha um papel importante no acompanhamento da saúde.

É recomendado que todas as pessoas acima de 45 anos realizem o exame anualmente como parte de um acompanhamento de rotina. Além disso, o teste pode ser realizado em pessoas de qualquer idade se houver um risco aumentado de desenvolver diabetes.

Existem diversos fatores que podem indicar a necessidade do exame em qualquer faixa etária. Isso inclui:

• Sintomas de diabetes, como fome e sede constante;
• Histórico familiar de diabetes;
• Histórico de diabetes gestacional;
• Colesterol HDL baixo;
• Pressão alta;
• Sedentarismo;
• Obesidade;
• Doença coronária, como angina ou infarto;
• Uso de medicamentos hiperglicemiantes, como corticosteróides.

O exame pode ser feito durante a gravidez?

Sim, o exame pode ser realizado durante a gravidez e faz parte da rotina pré-natal. Pode ser realizado em qualquer trimestre da gravidez, embora o momento exato possa variar de acordo com as diretrizes médicas e as necessidades individuais.

Durante a gravidez, os valores de referência para o exame de glicemia em jejum são diferentes dos usados em pessoas não grávidas. Geralmente, um resultado acima de 85 mg/dL é considerado indicativo de diabetes gestacional.

O diabetes geracional é um tipo de diabetes que ocorre temporariamente durante a gravidez e afeta entre 2% a 4% de todas as gestantes. Esta condição implica no risco aumentado de desenvolver diabetes posteriormente, tanto para a mãe quanto para o bebê.

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Qual a diferença entre glicemia de jejum e glicose?

O exame de glicemia em jejum e da glicose são termos que se referem à mesma coisa: análise da concentração de glicose no sangue. São apenas diferentes maneiras de se referir ao mesmo procedimento.

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