O exame de sangue oculto é um importante aliado na prevenção e detecção precoce de diversas condições médicas, especialmente do câncer de intestino.

Apesar de não ser tão conhecido quanto outros, é um exame simples, não invasivo e muito eficiente.

Por meio da identificação da presença de pequenas quantidades de sangue nas fezes, que não são visíveis a olho nu, ele consegue auxiliar no diagnóstico de várias doenças.

Neste texto, vamos falar mais sobre este exame, como é feito, como se preparar, quando é recomendado e as principais causas de sangramento oculto. Acompanhe!

Qual a importância do exame de sangue oculto?

O exame de sangue oculto é importante pois consegue detectar sangramento no trato intestinal que podem não ser visíveis a olho nu. Isso inclui sangramentos por úlcera, pólipos, tumores e outras condições médicas.

Uma das suas principais utilidades é ajudar a diagnosticar câncer no intestino, por conseguir identificar as fases iniciais e ser usado como um exame de monitoramento.

Por se tratar de um exame simples e não invasivo, ele funciona praticamente como uma triagem para quem realmente precisa fazer o exame de colonoscopia, que é mais invasivo, por exemplo.

A identificação em fases iniciais desses problemas pode levar a um diagnóstico precoce e aumentar em 90% as chances de sucesso do tratamento.

Como é feito o exame de sangue oculto?

Para a realização do exame de sangue oculto nas fezes, é preciso dirigir-se a um laboratório, onde serão fornecidos os frascos estéreis para a coleta.

A fim de evitar a contaminação das amostras, a coleta do material deve ser feita em local limpo e seco e os protocolos variam de acordo com cada laboratório. Dependendo da solicitação médica pode ser recomendado que as amostras sejam coletadas por três dias consecutivos.

Após a coleta, o frasco onde o material foi depositado deve ser fechado de maneira correta e encaminhado para o laboratório o mais rápido possível.

Na análise laboratorial, as amostras são misturadas a reagentes químicos específicos para que se possa seguir com a realização do exame.

Qual o preparo para o exame de sangue oculto?

Mesmo se tratando de um exame relativamente simples, é preciso tomar alguns cuidados para evitar contaminação das amostras e obter um resultado falso positivo.

Não é necessário estar em jejum, mas deve-se evitar ingerir álcool e alimentos como carnes e leguminosas, pois podem influenciar no resultado do teste. 

Além disso, é recomendado suspender o uso de suplementos como vitamina C e medicamentos como anti-inflamatório e aspirina pelo menos 48 horas antes da coleta.

Outro ponto é evitar o uso de laxantes e supositórios nos 3 dias que antecedem o exame e a coleta. Também não é recomendado realizar a coleta da amostra durante o período menstrual.

Veja também – Exames laboratoriais: dúvidas frequentes

O que pode causar sangue nas fezes?

A presença de sangramentos no intestino grosso pode ser indicativo de diversas condições médicas, desde causas mais leves, como irritações, até mais graves, como câncer.

Entre as principais causas podemos citar:

• Hemorróidas;
• Fissuras anais;
• Pólipos intestinais, benignos ou não;
• Úlceras no estômago;
• Diverticulose;
• Colite ulcerativa;
• Doença de Crohn;
• Câncer colorretal.

Diante de tantas possibilidades, é fundamental ter o acompanhamento e orientação de um profissional da saúde capacitado. 

Ele poderá interpretar os resultados do exame de sangue oculto e identificar as verdadeiras causas do sangramento, em caso de um resultado positivo.

Quando o exame é recomendado?

O exame de sangue oculto nas fezes é solicitado para pacientes que tenham histórico familiar de câncer de colorretal, a fim de acompanhar a saúde intestinal e prevenir problemas futuros.

Nesse caso, as investigações começam a partir dos 40 anos de idade para aumentar as chances de um diagnóstico precoce.

O exame também é recomendado para indivíduos entre os 50 e 75 anos, mesmo que não apresentem sintomas ou histórico familiar relacionados ao câncer de colorretal. Uma vez que essa faixa etária, é considerada de risco para essa condição.

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